A Prefeitura de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, fez uma previsão de verbas para a construção de três museus religiosos a fim de celebrar as diferentes crenças dos moradores do município.
Com isso, o espaço gospel e o centro católico devem receber da gestão cada um, R$ 1 milhão. Já a unidade dedicada à umbanda terá R$ 10 mil.
Os gastos fazem parte do plano plurianual, que estabelece os objetivos e metas do município para os próximos quatro anos.
Porém, os vereadores da oposição reagiram e propuseram uma emenda na lei orçamentária do ano que vem, para equiparar o valor do museu da umbanda com os outros.
O texto foi aprovado em plenário e agora segue à sanção do prefeito. A diferença nos valores dedicados aos museus também causou reação entre as lideranças da umbanda no município, no estado e em todo o Brasil.
Para o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, babalawô Ivanir dos Santos, “essa é uma forma de como o poder público trata as religiões. Dá mais recursos em segmentos cristãos e quase nenhum recurso para os cultos afrobrasileiros. isso demonstra o descaso que o poder público de São Gonçalo tem tido com a religião que nasceu justamente naquele município. Esperamos que a câmara municipal possa rever esse orçamento, se não for revisto, com certeza nós teremos que recorrer ao ministério público“.
Após os comentários, a Prefeitura de São Gonçalo informou ao RJ1, que irá rever a previsão orçamentária destinada ao apoio da construção de museus religiosos no município.
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