No Dia da Libertação da Líbia ocorrida na última semana, o Portal Portas Abertas mostrou como os cristãos da nação estão vivendo hoje em dia depois de dez anos da queda e morte do coronel Muammar Kadafi, explicando o motivo pelo qual a Líbia não é um lugar seguro para o povo, incluindo a minoria cristã.
Os cristãos ainda clamam por paz e liberdade, porém, por conta das eleições marcadas para dezembro deste ano, são “uma tarefa quase impossível”.
“Em nível nacional, há muitas partes interessadas, incluindo grupos armados e várias facções dentro dos governos anteriores, cuja principal preocupação parece ser garantir os próprios interesses. Mas ainda mais importante é a influência de potências internacionais, incluindo a Turquia e a Rússia”, relata.
Conforme uma fonte revelou ao Portas Abertas, existe uma luta ainda maior entre islâmicos ligados à Irmandade Muçulmana (apoiados pela Turquia e pelo Catar) e governos estrangeiros autoritários, incluindo Rússia, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, em busca de influência na Líbia.
“O povo líbio está preso no meio dessa situação, e o futuro permanece sombrio para os cristãos líbios de origem muçulmana”, diz o parceiro.
“Mesmo que os líbios consigam estabelecer um governo central, é improvável que a liberdade de religião e crença seja protegida. Há pouco espaço para a liberdade religiosa e, na prática, todos os líbios são considerados muçulmanos, sem espaço para mudar da religião no país”, revela o portal de notícias Middle East Concern (MEC, da sigla em inglês).
Os cristãos são apenas 0,5% da população na Líbia, país de maioria muçulmana. Para os convertidos do islã, a pressão da família e da comunidade para renunciar à fé é intensa. Ainda hoje, diversos grupos extremistas islâmicos e grupos criminosos organizados andam sempre atacando os expatriados cristãos.
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