Um grupo com 73 afegãos viveu na noite da véspera de natal, 24 de dezembro, uma data diferenciada dos outros tempos anteriores, principalmente a maioria dos cristãos que para eles, essa foi a primeira vez que celebraram uma data de forma aberta, com ceia coletiva, música e oração.
Perseguidos por não serem da religião predominante no Afeganistão “o islamismo”, eles fugiram dos fundamentalistas do Talibã e agora estão nos arredores de Curitiba, entre as cidades de Colombo e Almirante Tamandaré, à 25 quilômetros da capital.
Vários evangélicos construíram uma vila para eles na região após a chegada.
“Foi tão especial… Estávamos entre amigos, comemos, cantamos, oramos juntos”, diz a advogada Golsoon, 33 [os sobrenomes dos entrevistados foram omitidos, por segurança]. “Antes, comemorávamos só em família, dentro de casa, porque não há liberdade religiosa no Afeganistão. Ser cristão é uma sentença de morte para nós”, diz.
Depois de vários meses de incerteza, muitos casais com crianças, idosos e jovens solteiros que chegaram em quatro grupos entre 25 de novembro e 18 de dezembro, celebraram juntos a chegada do natal.
Eles estão ocupando em Curitiba, seis alojamentos, além de oito casas com cozinha, sala, banheiro e dois quartos, construídas para recebê-los.
Além disso, mais cinco casas devem ser inauguradas nos próximos dias, e outras cinco, de três quartos, neste mês de janeiro.
A vila, localizada na base da Mais, foi batizada de Cidade do Refúgio e inaugurada oficialmente com um culto no último dia 18 de dezembro.
Na porta de cada casa, estava um papel escrito com o sobrenome da família moradora e os sapatos de todos os ocupantes do lado de fora, segundo o costume local.
Agentes públicos de saúde fizeram a aplicação das vacinas que faltavam para cada um, de Covid-19 e influenza a hepatite e febre amarela.
O foco principal para eles é que essas pessoas fiquem na Cidade do Refúgio nos primeiros quatro meses, resolvendo suas questões de documentação, saúde e tendo aulas de português.
Depois disso, serão direcionados para outras cidades, abrindo espaço na vila para novos grupos que aguardam, no Paquistão, a liberação para voarem ao Brasil. “É uma causa que mobiliza, graças a Deus”, explica.
Do Diário Gospel com informações do Tribuna PR
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