O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em um aceno a seus apoiadores evangélicos, se opôs nesta segunda-feira (17), à possibilidade de se liberar os jogos de azar no país, assunto que vem sendo discutido no Congresso.
Durante uma entrevista à rádio Viva FM do Espírito Santo, Bolsonaro explicou que a atividade não é bem-vinda no País e que, caso o projeto seja aprovado, deve vetá-lo.
“Os jogos de azar não são bem-vindos no Brasil. Alguns falam que no começo seriam os grandes cassinos, não estaria aberto às pessoas mais humildes, mas é uma porteira que se abre e não sabemos o que pode passar por ela”, afirmou o presidente que ainda lembrou que o veto pode ser derrubado no Congresso.
A legalização de jogos de azar colocou em campos opostos, dois dos principais grupos aliados de Bolsonaro. De um lado, está o Centrão que age para aprovar uma proposta ampla, que inclui até a liberação do jogo do bicho, sob a justificativa de que vai alavancar a economia e o turismo.
Já do outro lado, estão os evangélicos que afirmam que o vício nos jogos prejudica as famílias e vai de encontro aos valores religiosos que eles defendem.
Jogos de azar
Os jogos de azar estão proibidos no Brasil desde o ano de 1946, quando o então presidente da época, Eurico Gaspar Dutra, afirmou que a “tradição moral, jurídica e religiosa” do Brasil não combinava com a prática, além de considerá-los “nocivos à moral e aos bons costumes”.
Desde então, várias propostas foram apresentadas para legalizar a jogatina, mas nenhuma delas avançaram ao decorrer desses anos.
Do Diário Gospel com informações do Terra
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